
Na democracia, o povo é considerado fonte, razão e finalidade da existência do estado. Cabe, portanto ao Estado a prestação de serviços públicos que satisfaçam as necessidades e interesses da população.
Art.3º da Constituição Brasileira de 1988:Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:
I - construir uma sociedade livre, justa e solidária;
II - garantir o desenvolvimento nacional;
III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais;
IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.
Seria perfeito se funcionasse. Analisando a situação vivida nas favelas, que podemos acompanhar em grandes vídeos como "Notícias de uma Guerra particular", veremos que a diferença entre constituição e realidade são visíveis e completamente ignoradas.
Segundo o artigo deveriamos viver com justiça, liberdade e igualdade, mas o contrário disto insiste em prevalecer.
A nossa sociedade é dividida por classes, a lei é a mesma para todos apenas no papel, numa constituição "invisível", onde os que mais necessitam, não conhecem.
Na favela uma lei, a dos bandidos, a dos mais fortes, a lei de uma arma miserável que se tornou sinônimo de respeito destruindo vidas diariamente. Nas ruas, a lei da polícia e da classe dominante, uma lei de corrupção crescente, mais bandida do que a dos próprios bandidos.
A sociedade se choca diariamente ao ver no Jornal Nacional guerras como as do Irã e Iraque. O choque é tão grande a ponto de apagar da mente brasileira a guerra que vivemos. A guerra é interna, a cada dia cresce o número de homicídios, de jovens cheios de vida deixando de ser o futuro para ser apenas um número nas estatísticas.
Tudo isso porque acima da constituição há um governo negando educação de qualidade e acesso a uma saúde descente. Governo gerador de violência, paralisando o povo. Quantos assaltos e assassinatos a classe média terá de vivenciar para perceber que a miséria também é problema dela? Não nos importamos com o mendigo da rua, mas quando perdemos um ente querido com um tiro nos revoltamos, imploramos por justiça. A guerra das armas não vai acabar, não enquanto houver fome e injustiça social.
O povo precisa se mobilizar como um todo. Tudo que acontece com uma nação é problema de todos que a compõe. Para fazer valer a constiuição temos que partir da justiça, justiça com aquele que está a nossa frente e não conseguimos ver.
Mais uma vez agradeço a atenção,
Ana Carolina Inglez.
a guerra do cotidiano é um cenario que cada vez se agrava mais, pq as pessoas estão tomando atitudes absurdas, ou preferem morar em bolhas q a protejam da sociedade ou acham toda a violencia uma coisa comum e não se importam com o absurdo do cotidiano. Se o governo não tomar alguma atitude em breve o poder paralelo assumirá o controle.
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